domingo, agosto 21, 2011

FLOR DE LIZ

O triste do fim é a saudade.
A noite traz a saudade do Sol brilhando.
A manhã nos faz sentir falta da Lua.

E a gente se acha dono das coisas,
das pessoas, dos momentos, de nós mesmos...

Quando a gente acorda,
descobrimos que nada temos.
E nem a saudade é nossa.

Como se a rua, por ser pública,
não nos coubesse ali.
Como se nosso corpo, por ser vivo,
nos rejeitasse permanecer aqui.
Como se as pessoas, por serem amadas,
não abrissem espaço para nós.

Mas, principalmente, como se nós mesmos
nos renegássemos e quiséssemos fugir
de tudo que somos, pensamos e sentimos.

Numa ânsia insana de saudades.
Que é o triste de todo fim,
mas também a euforia do começo.

domingo, abril 17, 2011

(d)essas paixões noturnas...


ele: neném, comprei três livros e vou ficar pobre pra sempre. gastei 150,00...

eu: hum...

ele: comprei ' modernismo' do peter gay, que causou polêmica; comprei 'só garotos' da patti smith; e comprei 'daspu', do flavio lenz

eu: vc fez um ótimo investimento... qual é a da polêmica?

ele: tomara que sim! causou polêmica porque a comunidade acadêmica ficou "aloca brasil" com a abordagem dele sobre o tema... pelo menos foi o que eu li na internet. muitos concordam. muitos não... enfim...

eu: entendi... isso acontece com alguma freqüência. comunidade acadêmica se inflama à toa. somos uns dodoizinhos mal-cicatrizados, qualquer esbarrão já rompe as casquinhas e começa a rolar aquela nojeira: pus pra todo lado, inchaços, dores, etc.
às vezes, umas amputações seriam mais pertinentes.

ele: MAUSMASUASMAUMS

eu: mas, sofrimento intelecutal também é cool... porque é erudição se debater entre assombrações e outras esquizofrenias, incluindo divindades, demônios, políticas, movimentos sociais e outras fantasmagorias....