tag:blogger.com,1999:blog-374339842024-03-07T15:20:43.105-03:00Sociedade dos Poetas VivosRapha Vieira ou um dos seus alteregoshttp://www.blogger.com/profile/15235815510142061802noreply@blogger.comBlogger38125tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-16348869843529485962016-03-20T12:05:00.002-03:002016-03-20T12:08:02.941-03:00DES-SONANTEEra um concerto sinfônico de orquestra.<br />
O tempo passou e tornou-se apenas uma música.<br />
Em seguida, apenas uma linha melódica.<br />
Na sequência, uma nota.<br />
Até que virou apenas um som confuso.<br />
Após isso, transformou-se um zumbido baixo.<br />
Depois converteu-se num ruído subliminar.<br />
Hoje é só silêncio.Rapha Vieira ou um dos seus alteregoshttp://www.blogger.com/profile/15235815510142061802noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-35241900008834719562014-06-16T16:20:00.001-03:002016-03-20T12:07:48.945-03:00HIPÓTESES MATINAISTalvez seja de manhã e todos ainda dormem.<br />
Talvez seja a expectativa atenta que faz o silêncio.<br />
Talvez seja a quietude minha que transbordou.<br />
Talvez seja os ouvidos que não podem mais funcionar.<br />
Talvez seja uma ilusão feita pelo quarto fechado.<br />
Talvez seja a calma rainha que ninguém quer quebrar.<br />
<br />
Talvez todos estejam como estou,<br />
tentando entender porquê do silêncio<br />
e, por isso, observam-no atentos.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-47973908093900274262014-03-15T21:27:00.001-03:002016-03-20T12:10:21.954-03:00SÓSozinho.<br />
Todos se foram.<br />
Faz tempo.<br />
E eu fiquei<br />
como o profeta no deserto.<br />
Ou o aniversariante<br />
depois que todo mundo<br />
vai embora da festa<br />
e ele fica em casa<br />
na companhia apenas<br />
da bandeja suja de bolo,<br />
das forminhas de doces vazias<br />
e dos balões estourados pelo chão.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-81488721103080885802013-09-14T16:42:00.001-03:002016-03-20T12:10:35.968-03:00UM PREGO NA PONTA DO PÉSe é pura<br />
a tua pureza,<br />
prove-me<br />
e não me ponha<br />
mais em provação!Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-5986556652869001562013-01-24T02:17:00.000-02:002016-03-20T12:10:44.595-03:00TABULETAO toque é trocado<br />
num tronco, na tarde.<br />
O traço de tinta<br />
transborda na tela.<br />
<br />
O tempo transposto<br />
tingido no eterno.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-28816925075079399062012-12-17T23:16:00.003-02:002013-09-14T17:36:48.849-03:00No meio do caminho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/7a/Ritalin-SR-20mg-full.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/7a/Ritalin-SR-20mg-full.jpg" width="212" /></a></div>
<br />
<br />
No meio do caminho tinha uma drágea<br />
tinha uma drágea no meio do caminho<br />
tinha uma drágea<br />
no meio do caminho tinha uma drágea.<br />
<br />
Nunca me esquecerei desse acontecimento<br />
na vida de minhas retinas tão fatigadas.<br />
Nunca me esquecerei que no meio do caminho<br />
tinha uma drágea<br />
tinha uma drágea no meio do caminho<br />
no meio do caminho tinha uma drágea.<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>adaptação do original de Carlos Drummond de Andrade "No meio do caminho"</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i> Leonardo Rander</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>Belo Horizonte, 1º de setembro de 2012 </i> </div>
Anonymousnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-38219033583920060012012-07-09T21:40:00.002-03:002013-09-14T17:57:20.737-03:00MANISFESTO DIVINO: DA CRUZ À GLÓRIA!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<span style="line-height: 150%; text-align: justify;"> </span><span style="line-height: 150%; text-align: justify;">Entristece
muito meu espírito ao perceber a atual situação literária do Brasil. Há, sim,
concursos que estimulam a produção e a divulgação da Literatura, mas têm
atingido a poucos. Ou pior, os inscritos são atraídos não pela arte, mas pela
premiação em dinheiro.
Ainda, a qualidade questionável da produção divulgada pela
mídia; enquanto bons escritores estão ofuscados – seja por timidez, seja por
falta de oportunidade – e precisam, apenas, de aperfeiçoamento, ou nem disso.
Apenas de prestígio, de reconhecimento, de estímulo. Essa é a situação que
percebo no cenário literário brasileiro pós-moderno.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Apelo,
agora, a você: escritor escondido em seu imenso talento e introversão.
Publique, concorra, motive-se, brilhante vulto moldando palavras no meio da
noite! Exteriorize toda essa arte que culmina em seu ser. Torne o mundo mais
belo com a pura serenidade que há na escrita sua, para que a Literatura
verdadeira possa reinar no país novamente. Ó, alma lírica sombria! Ressuscite!
Rejubile! Resplandeça!!!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Leonardo Rander</i></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
Belo Horizonte, 3 de
outubro de 2011.</div>
Anonymousnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-9015923777767150412012-04-29T21:19:00.000-03:002016-03-20T12:10:56.145-03:00O VULTOEla era tão serena que me assustava.<br />
Tão silenciosa que a rosa que lhe dei<br />
era uma flor que gritava muda por ajuda.<br />
Escassa era a fé que me conduzia torto<br />
ao encontro daqueles lábios de por-de-sol.<br />
<br />
Eu queria poder encontrá-la pela tarde.<br />
Mas quando eu a buscava só encontrava a mim<br />
perdido num cais em eterna ressaca.<br />
<br />
Hoje sei que, talvez, ela nunca existiu.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-20832336360788993472011-08-21T10:45:00.003-03:002016-03-20T12:17:27.214-03:00FLOR DE LIZO triste do fim é a saudade.
<br />
A noite traz a saudade do Sol brilhando.
<br />
A manhã nos faz sentir falta da Lua.
<br />
<br />
E a gente se acha dono das coisas,
<br />
das pessoas, dos momentos, de nós mesmos...
<br />
<br />
Quando a gente acorda,
<br />
descobrimos que nada temos.
<br />
E nem a saudade é nossa.
<br />
<br />
Como se a rua, por ser pública,
<br />
não nos coubesse ali.
<br />
Como se nosso corpo, por ser vivo,
<br />
nos rejeitasse permanecer aqui.
<br />
Como se as pessoas, por serem amadas,
<br />
não abrissem espaço para nós.
<br />
<br />
Mas, principalmente, como se nós mesmos
<br />
nos renegássemos e quiséssemos fugir
<br />
de tudo que somos, pensamos e sentimos.
<br />
<br />
Numa ânsia insana de saudades.
<br />
Que é o triste de todo fim,
<br />
mas também a euforia do começo.
Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-25625334635231651952011-04-17T23:48:00.004-03:002011-04-19T20:38:05.832-03:00(d)essas paixões noturnas...<div><br /></div><div>ele: neném, comprei três livros e vou ficar pobre pra sempre. gastei 150,00...</div><div><br /></div><div>eu: hum...</div><div><br /></div><div>ele: comprei ' modernismo' do peter gay, que causou polêmica; comprei 'só garotos' da patti smith; e comprei 'daspu', do flavio lenz</div><div><br /></div><div>eu: vc fez um ótimo investimento... qual é a da polêmica?</div><div><br /></div><div>ele: tomara que sim! causou polêmica porque a comunidade acadêmica ficou "aloca brasil" com a abordagem dele sobre o tema... pelo menos foi o que eu li na internet. muitos concordam. muitos não... enfim...</div><div><br /></div><div>eu: entendi... isso acontece com alguma freqüência. comunidade acadêmica se inflama à toa. somos uns dodoizinhos mal-cicatrizados, qualquer esbarrão já rompe as casquinhas e começa a rolar aquela nojeira: pus pra todo lado, inchaços, dores, etc.</div><div>às vezes, umas amputações seriam mais pertinentes.</div><div><br /></div><div>ele: MAUSMASUASMAUMS</div><div><br /></div><div>eu: mas, sofrimento intelecutal também é cool... porque é erudição se debater entre assombrações e outras esquizofrenias, incluindo divindades, demônios, políticas, movimentos sociais e outras fantasmagorias....</div>André da Silvahttp://www.blogger.com/profile/01535562500034997797noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-2171581590974805122010-12-23T01:38:00.003-02:002016-03-20T12:17:02.222-03:00AGORA NÃOSe eu morresse agora,<br />
eu morreria feliz.<br />
Mas não!<br />
<br />
Eu quero a vida quente<br />
doce, frágil, feroz<br />
<br />
Afinal ainda não<br />
escrevi uma árvore<br />
não tive um livro<br />
nem plantei um filho.<br />
<br />
Há um universo a viver!Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-16858998366739713842010-11-27T19:11:00.005-02:002016-03-20T12:16:49.273-03:00PÚLPITOQuebraram o meu nome<br />
na esquina agora.<br />
Perdi alguma coisa.<br />
Não sinto meus pés.<br />
<br />
Sinto muito.<br />
Agora é tarde.<br />
<br />
São seis da manhã.<br />
Eu gritanto aos sete ventos:<br />
Bom dia, meus irmãos!Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-40356519412143231782010-11-17T20:38:00.005-02:002016-03-20T12:14:35.150-03:00FESTA DA CARNE*Ela, quase nua no meio da rua.<br />
Uma aquarela pintada em carmim.<br />
Boca sedenta, minha carne engolia<br />
num frenesi que febril me fazia.<br />
<br />
Naquele dia, sentia daquela noite<br />
um gozo pueril de um velho leão.<br />
<br />
Eu era um brinquedo<br />
nas mãos da donzela.<br />
Me quebrava a costela<br />
com seus lábios voraz.<br />
<br />
Ardia na fina chuva,<br />
no meio de todo o povo<br />
numa noite de carnaval.<br />
<br />
<br />
* Para matar a vontade de Leonardo Rander, que não gosta da minha prosa.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-21031133524222142412010-07-20T22:59:00.004-03:002013-09-14T17:40:27.280-03:00é fica assim não.<br />
<div>
faz isso mesmo!</div>
<div>
você pode fazer tanta coisa melhor, </div>
<div>
não se prive de oportunidades por causa de amor...</div>
<div>
<br /></div>
<div>
afinal o tempo e a convivência são ótimos remédios!</div>
<div>
<br /></div>
<div>
matam o amor.</div>
<div>
ou o fazem nascer</div>
<div>
<br /></div>
<div>
mas, tão logo podem matam</div>
<div>
péssimas parteiras que são.</div>
<div>
talvez se trabalhassem separadamente...</div>
<div>
é como diz um antigo ditado vampiresco:</div>
<div>
"criança com muitas parteiras nasce morta."</div>
André da Silvahttp://www.blogger.com/profile/01535562500034997797noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-42972514619482779742010-06-14T22:23:00.004-03:002016-03-20T12:16:38.419-03:00MANHÃ GENTILA rua desaba na cabeça de quem passa.<br />
Um vazio insuportável de segurar.<br />
São seis e meia da manhã de quarta.<br />
Um mendigo dança sozinho no meio da rua.<br />
Observo o vapor sair da minha boca.<br />
Pessoas saem da padaria sonolentas.<br />
O sol ilumina, preguiçoso, as ruas.<br />
O som recomeça a existir, enfim.<br />
Ouço meu amigo imaginário dizer:<br />
"Bom dia!"Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-26680883217014448902010-05-18T23:12:00.001-03:002010-06-14T22:43:56.446-03:00pipocas<div><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div>Ele: tem mais casas pra colcar em ordem?</div><div><br /></div><div>Eu: espero que tenha. não quero q essa seja a única... a última (pra não pecar por olho-grande). república pra sempre nem dá certo... mesmo q seja com os melhores amigos do mundo. além do mais, ainda quero casar comigo.</div><div><br /></div><div>Ele: comigo?</div><div><br /></div><div>Eu:hehehehe. pode ser o próximo da lista! primeiro eu pretendo casar comigo mesmo.</div><div><br /></div><div>Ele: mesmo?</div><div><br /></div><div>Eu: mesmo. nunca se sabe...neh?</div><div><br /></div><div>Ele: é.</div><div><br /></div><div>Ainda não escolhi o sentido do diálogo.</div>André da Silvahttp://www.blogger.com/profile/01535562500034997797noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-60155232207055486742010-04-08T00:49:00.017-03:002013-01-24T02:32:50.157-02:00A Senhora e o Jardineiro<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp64KnUgwpiMwAPtrM-QH6a5kreMuepnKCddWDO3bqP6V42qJbvmOYzupZlt5eNoJhCR__O-H6gSryzQocz6-o7sDVyDlBTf2BwNY1ULTjjKSv_pnV6-zaMrPmSIO09-W2SSe9yw/s1600/jardim-florido.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5457641180889896370" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp64KnUgwpiMwAPtrM-QH6a5kreMuepnKCddWDO3bqP6V42qJbvmOYzupZlt5eNoJhCR__O-H6gSryzQocz6-o7sDVyDlBTf2BwNY1ULTjjKSv_pnV6-zaMrPmSIO09-W2SSe9yw/s320/jardim-florido.jpg" style="cursor: hand; float: left; height: 257px; margin: 0px 10px 10px 0px; width: 523px;" /></a><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />- Quem plantou aquelas flores?-Perguntou a senhora.<br />- Fui eu senhora! - respondeu o jardineiro sorrindo, certo de que a surpresa seria bem aceita.<br />- Pois, pode arrancá-las, eu não as quero ali. Lá é o lugar das minhas sempre-vivas, você bem sabe, ali é o lugar delas. - replicou a senhora aborrecida. <br />- Mas, senhora, elas estavam morrendo, estavam feias, pareciam amarguradas e tristes, eu só quis dá-las um novo lar. Achei que assim, elas se sentiriam melhor, aliás, as flores ficaram muito bem no lugar delas. - disse o jardineiro. <br />- Você não tem que achar nada. Não é pago para isso! Volte com as sempre-vivas para o lugar que elas sempre estiveram, afinal, foi meu marido quem as plantou e elas devem ficar lá. <br />- Ele mesmo dizia que ali não era bom lugar para elas, é muito úmido e elas gostam do sol. Antes dele morrer, pediu-me que as replantasse em um local bem ensolarado.</div>
<div>
- Olha , do meu marido entendo eu, fazia tudo ao contrário do que eu queria, e se ele estivesse aqui agora estaria me contrariando, assim como voce está fazendo. - disse a senhora furiosa. <br />- Mas, ele a amava tanto, procurava sempre lhe agradar, era tão carinhoso para com a senhora. Adorava lhe ver sorrindo!</div>
<div>
- Olha aqui, quem te deu liberdade para ficar bisbilhotando a nossa vida? - ralhou a senhora.</div>
<div>
- Desculpe-me senhora, só queria que a senhora continuasse a sorrir ao lembrar que ele sempre cuidava do jardim para lhe fazer feliz! - exclamou o jardineiro desolado.</div>
<div>
- Tá bom, agora chega de conversa, deixe as coisas como estavam e arranque também essas flores. Eu não quero mudar nada e não mudaria nem mesmo se ele estivesse aqui.</div>
<div>
- Mas, senhora???... <br />- Ops..., nem mas, nem menos...faça o que eu mando e não me retruques! - disse a senhora decidida antes de entrar e bater a porta com força.</div>
<div>
</div>
<div>
O jardineiro então, fez tudo o que ela pediu, juntou as ferramentas, guardou-as no devido lugar e foi para casa.</div>
<div>
</div>
<div>
No mes seguinte, voltou para cuidar do jardim. Como sempre fazia, cuidava com carinho de cada planta, árvore e arbusto, como lhe ensinara seu saudoso patrão. <br /><br />Então a senhora lhe disse: <br /><br />- Olha aqui, trate de mudar essas sempre vivas deste lugar, pois, quero que plante essas flores aí. - ordenou a senhora. <br />- Elas são iguais àquelas que a senhora mandou arrancar no mes passado. Se o patrão estivesse aqui iria gostar! - disse contente o jardineiro.</div>
<div>
- Não me importa se ele iria gostar ou não, só quero que faça o que lhe mando e pronto. <br /><br />O jardineiro assim o fez. E pensativo, refletindo sobre tudo, chegou à conclusão: <br /> </div>
<div>
- É, ele realmente a amava...</div>
caarpdien9http://www.blogger.com/profile/04834886114478916995noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-41115662794628000762010-04-07T14:46:00.006-03:002016-03-20T12:19:40.775-03:00O caminho bento de São Damião- O cálice!<br />
- Eu não bebo mais!<br />
- A porta!<br />
- Deixe aberta, vá!<br />
- A hora!<br />
- Eu escolho, sim ou não...<br />
Ela ainda era ela.<br />
Eu já era um novo eu.<br />
Ele queria o passado.<br />
Nós estávamos em ritmos diferentes.<br />
E tudo era uma paisagem.<br />
Agora o tempo já foi embora.<br />
A fotografia é tudo que resta.<br />
- A vida!<br />
- Ela é minha!<br />
- A revanche!<br />
- Deixa estar!<br />
- O passado!<br />
- Já passou!<br />
E o tempo é só tempo.<br />
As frases são só palavras.<br />
E nós somos só amigos.<br />
Pra que mudar?Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-34717711259492378312010-02-22T12:04:00.003-03:002010-04-07T14:44:44.300-03:00(andré)²<div>-- bando de machistas, misógenos escrotos! (to revoltado..)</div><div>-- fica naum. eu entendo vc, eh um artista</div><div>-- heeheheheh... artista? tah...</div><div>-- qer se expressar...</div><div>-- isso é pq eu quero contar algo pra alguém. não sei quem aí conto pra todo mundo!</div><div>-- putz...</div>André da Silvahttp://www.blogger.com/profile/01535562500034997797noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-70642459490845158562010-01-13T05:34:00.001-02:002010-01-14T12:50:05.311-02:00diogolo - porque a poética não abandona a razão<div style="text-align: left;"><br /></div><br />a razão é uma paralítica. dessas que não tem tato algum, nem na pele nem pra falar. não é muito amargurada, ela sempre foi assim - nunca sentiu nada.<br /><br />a poetica é sinestésica. dessas que misturam tudo e ficam hiper-sensíveis a qualquer coisa, das que lhe tocam a pele e das que não fala. essa é amargurada, e sempre foi assim - ela é muda.<br /><br />a poética é enfermeira da razão. a poética, apesar da amargura é muito espiritualizada. coitada, nunca abandonou a razão. sempre a acudiu, afinal a razão não faz nada, não sente nada. só fala e organiza - e issos ela faz demais.<br /><br />razão e poética dividem um segredo: são telepatas (apenas entre si) - pelo menos elas acreditam piamente nisso. a poética experimenta tudo, tem seus arrombos de exageros perceptivos, se angustia e amargura por não conseguir falar. olha desesperada a razão, telepatas que são, razão tenta consolar a amiga expressando o que sua telepatia captou, mas a razão nunca sentiu não sabe do que fala.<br /><br />a poética se consola em ver a razão falar de suas sensibilidades. e volta a oferecer experiências pra razão organizar.<br />a esses momentos de consolação elas chamaram poesia,conforta a razão que não sabe do que fala, acalma a poética que é muda e nunca poderia falar do que sabe.<br /><br />a poética é surda.André da Silvahttp://www.blogger.com/profile/01535562500034997797noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-24949065759026888152010-01-13T05:31:00.002-02:002010-01-14T12:53:51.045-02:00no celular<div style="text-align: left;">ele: amanhã a vida vai me sorrir!<br />eu: será que ela ainda vai ter dentes?<br /></div>ele: (estoura de rir)<br /><div style="text-align: left;">eu: a vida parece comida que passa fácil do ponto. vou inventar uma coisa a respeito.<br />ele: inventa sim...<br /><br />a conversa continuou. a vida também...<br /><br />por falar nisso,<br /><br />a vida é um filé de peixe: é complicado de temperar; fede antes disso; salga fácil e se desatento, passa do ponto.<br /><br />acompanha bem arroz branco e jejum de quaresma.<br /><br />vida: porque não se pode ter outra coisa.<br /><br /></div>André da Silvahttp://www.blogger.com/profile/01535562500034997797noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-90663421091051599242010-01-08T21:02:00.003-02:002016-03-20T12:19:29.514-03:00ESCLAVAGISMOEu senhor,<br />
faço do papel do papel<br />
ser escravo de minhas palavras mal esmeradas....Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-58716066412366895832009-12-20T22:08:00.003-02:002016-03-20T12:19:15.925-03:00A PARTIDAQuando o trem foi embora<br />
a estação ficou tão solitária<br />
que as estrelas preferiram dormir,<br />
ao invés de testemunhar a dor de quem<br />
ficou pra trás num suspiro, apenas esperando<br />
que os ponteiros nunca marcassem hora de dizer adeus.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-12783145681501112452009-09-30T23:14:00.003-03:002016-03-20T12:21:49.769-03:00AREJARQue essa brisa leve,<br />
leve agora o calo.<br />
E calo porque o silêncio,<br />
silencia a brisa tormento.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-37433984.post-40888470899489776932009-09-29T21:39:00.003-03:002009-09-29T21:50:13.396-03:00De SopetãoNão ter vergonha de escrever uma canção de amor<br />Não ter vergonha por não saber perdoar<br />Não ter vergonha de não saber se expressar<br />Não ter vergonha ao ser repetitivo quando podia apenas dizer...<br />Sim...<br />Não...<br />Te amo(?)<br />Não ter vergonha de ser sincero e falar de sopetão<br />Isso sim é paixão!Renato Carvalho ®http://www.blogger.com/profile/07314837405754303672noreply@blogger.com0