quarta-feira, novembro 17, 2010

FESTA DA CARNE*

Ela, quase nua no meio da rua.
Uma aquarela pintada em carmim.
Boca sedenta, minha carne engolia
num frenesi que febril me fazia.

Naquele dia, sentia daquela noite
um gozo pueril de um velho leão.

Eu era um brinquedo
nas mãos da donzela.
Me quebrava a costela
com seus lábios voraz.

Ardia na fina chuva,
no meio de todo o povo
numa noite de carnaval.


* Para matar a vontade de Leonardo Rander, que não gosta da minha prosa.

Um comentário:

Rapha Vieira ou um dos seus alteregos disse...

Léo, cruzar com uma mulher dessas pode ser bom... rs... Sobre minha prosa, foi só uma dedicatória... Huahuahua! Abraços!